quarta-feira, 1 de junho de 2016

American children rarely watch TV and don’t have their own cell phone – and that is a good thing



Is been not so long that I’ve been working as a part-time nanny and babysitter in San Francisco. To contextualize, a nanny is someone that goes routinely to the child’s house, get involved in their routine, education and take care of him consistently. A babysitter is someone that goes to a family’s house for only some hours, usually because parents will have a night-out and need someone to entertain the kids while they can take care of their own life.

Since I began working with childcare I’ve met roughly 10 different families. Different in a literal meaning: some of them have strict rules, others are laid-back. Different habits, manners, culture. One thing they have in common, though, in 90% of the experiences is that kids have a screening time limit. And that is great.

By screening time limit I mean no more than 30min per day to watch TV or playing in their tablets. Is not 30min of Netflix in the afternoon and one video during lunchtime and before sleep. It’s 30min at the most in their entire day to watch their favorite cartoon or a Youtube video.
Do you know how they spent all the time left? Playing. Reading. Doing some task or project. Whenever there isn’t free access to the TV or internet, children spent the time being, well, a child. The youngers explore their toys and books at the maximum. That doesn’t mean they have a room full of modern (and expensive) toys. They just play with some Play-Doh, Lego, stuffed animals...  And when they want to relax they get one book and read. Or listen to adults reading for them. And really start to get interested in it.

Today I was reading a Facebook post (in Portuguese) about a personal banker that was fascinated when some customer’s children were reading while their parents were being attended at the bank. I immediately thought – these kids don’t have a phone to kill time, and that’s not because their parents can’t afford a phone, but rather because they choose to not buy one, and that is the best choice they can do for them.

I’m taking care of a sweet 2-years-old girl that is learning 3 different languages at the same time and doesn’t watch TV, except by a weekly 20min show. Can you guess what she likes to do most when she’s at home? She looks to her books and listen to me or the parents reading histories and creating new ones. Every week they go to the public library to rent a new book and she loves it. Someone has any doubt of how smart she will be, how easy it will be for her to assimilate information, focus on one task, be creative and attentive?

Child’s stimulus to play and read since the early ages are strong and broadly disseminated here and that is not related to parent’s availability or money, but rather to keep a habit (and control it) to not make screening part of their kid’s routine. Whether they are stimulated to read and play with their toys and phones and tablets are not present in their household for free use, they don’t miss it. Time is filled in different ways, much more stimulating. Certainly these kids are much more capable of focusing on other activities and more prepared for the real world.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Crianças americanas quase não assistem TV e não tem celular (e isso é ótimo)



Faz um tempinho comecei a trabalhar como part-time nanny (babá) e babysitter aqui em San Francisco. Para diferenciar as coisas e dar um contexto, babá é aquela que vai sempre na casa da criança, se envolve com a rotina dela, educação, com cuidar dessa criança de forma consistente. Babysitter é uma pessoa que vai na casa de uma criança para ficar com ela por algumas horinhas só, geralmente por que os pais precisam sair ou resolver alguma coisa e querem alguém só para entretâ-las e cuidá-las enquanto eles cuidam da suas vidas.

Enfim, desde que comecei a trabalhar com crianças, já conheci mais de 10 famílias diferentes aqui. Diferentes no sentido literal: algumas tem regras bem restritas, outras são bem relax. Diferentes hábitos, culturas, costumes. Mas uma coisa que notei em comum em 90% delas é: crianças tem limite de tempo para assistir TV (ou usar o tablet, celular). E isso é ótimo.

Por limite de tempo, entenda-se não mais que 30min por dia. Só. Nào é 30min de Nextflix na tarde e mais um videozinho na hora de almoçar e outro na hora de dormir. É no máximo (máximo mesmo) 30min para assistir aquele desenho que elas mais gostam ou o vídeo sobre o assunto favorito no Youtube.

E sabe como elas passam o resto do tempo?  Brincando. Lendo. Fazendo alguma tarefa, um projeto.  Quando não se tem acesso livre à TV ou internet, criança passa o tempo sendo, bem, criança. As menorzinhas exploram ao máximo os seus brinquedos e livros. Isso não quer dizer que elas tem um quarto cheio dos brinquedos mais high-tech e caros. A maioria passa o tempo com massinhas de modelar, legos, bichinhos de pelúcia..  E quando querem algo mais relax, pegam um livro e lêem. Ou ouvem os adultos lendo. E realmente passam a se interessar por isso.

Hoje estava lendo este post aqui no Facebook sobre um bancário que ficou fascinado que os filhos de seu cliente estavam lendo o tempo todo que estavam esperando pelo pai resolver alguma coisa na agência.  Pensei: é exatamente isso - essas crianças não tem um celular para passar o tempo por que os pais não tem condições de comprar um Iphone, e sim por que os pais optaram por não fazê-lo - e isso é a melhor coisa que eles podem fazer pelos seus filhos.

Cuido de uma menininha amadíssima de 2 aninhos, que está aprendendo 3 linguas diferentes e não assiste TV, exceto por um programinha de 20min uma vez por semana. E sabe o que ela mais adora fazer, todo o tempo que está em casa?  Olhar para seus livros e ouvir os adultos contando histórias.  Toda a semana se faz uma visitinha na biblioteca pública e se aluga livrinhos novos para ela e ela adora.  Alguém tem alguma dúvida de o quão esperta ela vai se tornar, o quão fácil vai ser para ela assimilar informações, se concentrar em um assunto, ser criativa e atenta?

Ou seja, o estimulo a criança a brincar e o incentivo a ler desde cedo é muito forte aqui. E isso não tem nada a ver com o tempo disponivel ou dinheiro e sim a manter um hábito (e se controlar) para que o screening não vire rotina. Se desde cedo a criança é estimulada a ler e a brincar com seus brinquedos, o celular e a TV não fazem parte da rotina, e elas não sentem falta disso. O tempo é preenchido de outras formas, muito mais estimulantes. E com certeza se desenvolvem crianças mais capazes de se focarem em outras atividades e muito mais preparadas para o mundo real.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

San Francisco continua linda e por que eu ando sempre ocupada...

I`m back to The City!!



Diego e eu mudamos definitivamente para San Francisco, por motivos de: mais qualidade de vida, mais segurança, uma boa proposta de job. Difícil dizer não, a cidade é linda, colorida, diversa, agradável. Dificilmente alguém diria "não, não gosto muito da ideia de morar em San Francisco". A não ser que você seja o Donald Trump ou o Bolsonaro, ai realmente é charme e cor e vida demais para seu gosto.




Castro - nosso querido bairro percursor do movimento LGBT e nossa casa nos primeiros dias


Nos mudamos no começo de janeiro e desde então tenho andado sempre ocupada (desculpa mãe pela falta de fotos da cidade!).Tenho sempre um jeito de me ocupar o dia todo  - hoje por exemplo passei a manha no City College assistindo uma aula de inglês. Ai, um almocinho no Chipotle (restaurante mexicano que faz muito mais sucesso que o Mc Donalds aqui) e vim pra casa continuar um curso virtual no Coursera. 






Ferry Building  e o historical street car que opera desde 1915 + info aqui 



Golden Gate Conservatory of Flowers


Mais tarde tem academia e jantinha - que aqui é uma belezinha de fazer pela variedade de opções no supermercado. Um dia, cozinho comida indiana, no outro tailandesa, depois árabe, italiana e de vez em quando uma brasileirinha... Como uma foodie de carteirinha, amo isso!!

Assim, sempre tem algo a ser feito - uma visitinha ao supermercado, um workshop, uma aulinha, um encontrinho com amigos - e passamos pouco tempo realmente "turistando" pela cidade. Mas ainda que a gente já conheça muito dela pelas passagens anteriores, sempre tem o que visitar.

Uns dias atras, fomos conhecer o Sutro Baths e a parte mais ao Northwest da cidade, que é onde a terra acaba e o mar começa - por isso, conhecida como "Lands End".  Fizemos um tour gratuito com o pessoal do San Francisco City Guides , onde o guia é sempre uma pessoa que mora/ conhece bem o local e faz a tour voluntariamente. 

Essa região tem uma serie de pontos interessantes:



Sutro Baths ruins:


Sutro Baths, 1915




Sutro Baths ruins, 2015


La no inicio do seculo 20 a maioria das pessoas não tinha água encanada, muito menos um chuveiro em casa. Eram comuns as casas de banho, onde se ia uma vez por semana tomar um banho em uma piscina coletiva. Por alguns centavos, você ganhava uma roupa de banho, sabonete e uma toalhinha e se deliciava numa água fresquinha trazida do mar e aquecida a 19 graus Celsius!  Pode não parecer muito quente, mas para comparar, água do mar aqui geralmente fica em torno de 12 graus. 

Por volta da decada de 50 as casas de banho comecaram a perder popularidade e a Sutro Baths foi se deteriorando, ate que boa parte da estrutura foi consumida em um incendio. Restaram as ruinas da foto acima, com as piscinas e a casa de maquinas onde a agua era tratada, e um museu onde se pode ver fotos e objetos da epoca.


Cliff House:


Ocean Beach e a segunda Cliff House, cerca de 1900. Gary Stark


Sabe aquelas casas que sao vistas em filmes de terror antigo, na beira de uma colina, em frente ao mar?  
San Francisco tem uma delas - desde 1863. Na verdade nao a mesma, e sim a terceira versao dela. As duas primeiras foram consumidas pelo fogo, inteiramente, Suspense bastante para começar uma historia, não?
Ainda vou escrever mais sobre ela...